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Bloco reúne com cidadãos que querem repor freguesias de Gemunde e Vermoim

Escrito por em Agosto 8, 2019

O Bloco de Esquerda recebeu, na sede concelhia da Maia, os representantes do Movimento por Gemunde e do Pró Vermoim, dois grupos de cidadãos que pretendem a recuperação da sua antiga respetiva freguesia.

 

«O Movimento por Gemunde critica o abandono a que está condenada a antiga freguesia após a aprovação da famigerada “Lei Relvas”, que determinou a extinção de 7 das 17 freguesias do concelho da Maia.

 

A degradação dos serviços prestados à população é apontada como uma realidade, tendo o Movimento dado como exemplo o mau estado de um caminho há muito usado diariamente por mais de uma centena de pessoas para ir à farmácia, à padaria ou à igreja», refere o BE em nota enviada à nossa redação.

 

O Movimento afirma que não contesta os partidos ou os eleitos que têm governado o Castelo da Maia, onde Gemunde está integrada desde a reforma, mas que a população se sentirá «traída pelo facto de o ex-Presidente da Junta ter votado a favor da agregação da freguesia».

 

Estes cidadãos do Movimento por Gemunde garantem já ter recolhido quase 2 mil assinaturas, apenas de eleitores que residem em Gemunde.

 

Pró Vermoim luta contra perda de identidade da antiga freguesia

 

O grupo de cidadãos Pró Vermoim, por seu lado, denuncia a perda de identidade de uma freguesia com muita história, que outrora foi mais conhecida do que o próprio nome do concelho.

 

«Estes cidadãos consideram que Vermoim, enquanto comunidade local, tem pouco em comum com as vizinhas Maia (antiga freguesia de Barreiros) e Gueifães, apesar de todas constituírem a atual freguesia Cidade da Maia. Estão a dar o seu movimento a conhecer à população e já lançaram iniciativas como a colocação de cartazes em alguns pontos da freguesia e a criação e um grupo de Facebook que teve grande adesão», refere a nota de imprensa do BE.

 

Ambos os movimentos de cidadãos têm contactos entre si e com outros grupos por todo o país, que reclamam também a restauração da freguesia, estando integrados na Plataforma Nacional Recuperar Freguesias, que no passado dia 13 de julho reuniu, em Braga, com a coordenadora do BE, Catarina Martins.

 

A luta dos cidadãos pela preservação da sua identidade, história e cultura e por serviços de proximidade e qualidade, começou em 2012, após a entrada em vigor da lei nº 22/2012, de 30 de maio, que determinou a agregação de 1165 freguesias em todo o país, com base num conjunto de critérios de natureza aritmética, muito criticados por imporem uma reforma feita “a régua e esquadro” e sem ouvir previamente as populações.

Na Maia, o Bloco de Esquerda votou contra a aprovação dessas medidas e recorda nesta nota que «contestou todo o processo, distribuindo comunicados à população informando que se anunciava a extinção da sua freguesia e que isso significaria a degradação dos serviços prestados».

 

Em 2018, o governo anunciou a intenção de aprovar um novo mapa de freguesias antes das eleições autárquicas de 2021.

 

«O BE defende o direito das populações serem consultadas sobre o futuro da freguesia onde residem através da realização de referendos locais», conclui a nota de imprensa.


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