Quase duas em cada 10 das 824 pessoas que foram entrevistadas para um barómetro da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) admitiu ter sido vítima de assédio sexual no local de trabalho.
A maioria das pessoas não denunciou, anuncia o Barómetro APAV/Intercampus sobre “Perceção da População sobre assédio sexual no local de trabalho”, publicado esta terça-feira.
Os dados demonstram “uma elevada consciência relativamente às situações consideradas como assédio sexual”, já que “mais de 80% dos inquiridos identifica a quase totalidade das situações expostas como assédio sexual”.
Das 824 pessoas, 18% admitiu ter sido vítima de pelo menos uma situação de assédio sexual no seu local de trabalho, sendo que a maioria são mulheres (88%),com idades entre os 18 e os 54 anos (80%). Também 35,9% dos inquiridos disse conhecer alguém que foi vítima de assédio sexual no local de trabalho.
Entre as 148 pessoas que afirmaram terem sido vítimas, mais de metade (54,7%) disseram que a agressão partiu de um superior hierárquico, enquanto 45,3% afirmaram terem sido assediadas por um colega.