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Grande Porto quer abater as gaivotas em Gaia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim e Vila do Conde

Escrito por em Fevereiro 14, 2023

As gaivotas urbanas têm sido um problema crescente nas zonas onde se reproduzem em maior quantidade. É o caso da Área Metropolitana do Porto (AMP), onde há quem as tente afastar com recurso a águias treinadas para o efeito – que visam afugentá-las e não matá-las. Mas, para os órgãos de gestão da AMP, é preciso ir mais longe, por estar também em causa a saúde pública.

De entre os impactos negativos que a AMP sinaliza estão os “riscos para a saúde pública, pela potencial transmissão de agentes patogénicos; ruído e perturbação do bem-estar e usufruto de lazer durante todo o dia; agressividade, roubo de comida; danos em infraestrutura e consequentes impactos económicos; risco de segurança das aeronaves; sujeira e espalhamento de lixo”.

Segundo a AMP, este problema afeta, em diferentes extensões e intensidade, os cinco municípios estudados (Gaia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim e Vila do Conde), com o Porto a apresentar o maior número de ninhos identificados (485), seguido de Póvoa de Varzim (118). “No inquérito realizado na AMP em 2021, com um total de 2.115 respostas, 96% dessas respostas consideravam necessária a tomada de ações de controlo das populações de gaivotas”, refere.

Por essa razão, foi encomendado um “Plano de Ação para o Controlo da População de Gaivotas nos Municípios Costeiros da Área Metropolitana do Porto”, finalizado em maio passado.

Neste âmbito, o plano de ação refere que, para atuação em casos extremos, “os municípios devem obter do ICNF uma licença excecional para captura e abate de gaivotas urbanas em situações de extrema agressividade”.

Essas gaivotas são consideradas no relatório como “psicopatas”, com “comportamentos agressivos e repetidos”. E são dados exemplos: “gaivotas que bicam repetidamente janelas ou equipamentos, ou que impedem recorrentemente a utilização de jardins e varandas, ou que demonstram comportamentos agressivos em escolas ou outros locais frequentados por crianças”.


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