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Jovem finalista corre mais de mil quilómetros de costa portuguesa para angariar fundos para o IPO-Porto

Escrito por em Abril 17, 2023

Celebração do 49.º aniversário do Instituto Português de Oncologia nortenho, hoje, será aproveitado para anunciar a iniciativa. Pedro Costa partirá de Caminha a 22 de agosto e chegará a Vila Real de Santo António a 3 de setembro. Fará uma média de quase duas maratonas por dia

Não são as quedas que nos definem, mas antes a forma como nos levantamos delas. Depois de três “lesões complicadas” nos ombros – e outras tantas cirurgias – em três anos consecutivos, e num momento de redefinição da sua vida, Pedro Nuno Costa, um jovem licenciado portuense em Educação Física e Desporto, escolheu outra superfície que não a dos rios para dar a volta por cima.

A prática diária de remo, que há 13 anos alimentava muitos sonhos, reconhecidamente “grandes”, são agora águas passadas, mas as aspirações continuam imensas. E a prova disso mesmo é o desafio que elegeu para “redefinir objetivos” pessoais: de 22 de agosto a 3 de setembro correrá 1.054 quilómetros ao longo da costa continental portuguesa, da minhota Caminha até à algarvia Vila Real de Santo António, com um intuito solidário: angariar fundos para o Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto. Pela importância que a unidade hospitalar teve “na vida de pessoas muito próximas” de si, sobretudo nos últimos anos das suas 22 primaveras…

A celebração do 49.º aniversário do IPO-Porto, esta segunda-feira (17 de abril), é aproveitada para anunciar a iniciativa, através do website que lhe será dedicado: www.runningourcoast.com.

Atualmente a frequentar um MBA em Gestão Desportiva, enquanto trabalha como consultor no departamento de marketing de um grupo vínico e Scout de formação no Futebol Clube do Porto, Pedro Nuno Costa encontrou inspiração adicional para esta etapa de “redescobrimento pessoal” e de “reencontro físico-desportivo” no exemplo de um australiano que percorreu 800 quilómetros em oito dias para angariar dinheiro para as vítimas do tsunami de 2004.

Em 13 dias/etapas de corrida, Pedro Nuno Costa conta fazer uma média diária de 81 quilómetros, ou seja, a distância de quase duas maratonas, passando (e descansando) em Vila do Conde, Furadouro, S. Pedro de Moel, Peniche, Ericeira, Trafaria, Setúbal, Porto Côvo, Aljezur, Alvor, Quinta do Lago e, por fim, Vila Real de Santo António, 12 dias depois do arranque em Caminha.

A etapa mais curta liga S. Pedro de Moel a Peniche e perfaz um total de 67 quilómetros, ao passo que o troço mais longo será feito entre Setúbal e Porto Côvo, com mais de 95 quilómetros. O tempo estimado da duração das etapas é cerca de 8/9 horas, com início sempre às 5 da manhã, para “tentar fugir às temperaturas mais elevadas do início da tarde”.

“Pelos motivos que estão na base da resolução que tomei, conto fazer o percurso maioritariamente sozinho. Mas, desde cedo, seis amigos demonstraram interesse em prestar algum apoio nas questões logísticas e em correrem ao meu lado em certos trechos, mais complicados”, explica Pedro Nuno Costa, que conta já com alguns apoios e patrocínios, que se associaram ao projeto, como se de uma equipa de profissionais multidisciplinares se tratasse.

“Na área técnica, como treinador, tenho Lino Barruncho, selecionador nacional de triatlo; ao nível da medicina desportiva, a dr. Marta Massada aceitou o desafio; no domínio da nutrição, o Dr. Luís Silva empresta também a sua colaboração; ao passo que, no campo da psicologia, o Dr. Jorge Ascenção aceitou integrar o projeto; na fisioterapia, o Dr. João Simões, da Myo Clinic de Bessa Leite, foi o último a integrar esta equipa. Depois, há também o Hospital de Santa Maria, que se disponibilizou para apoiar em eventuais necessidades hospitalares, no decorrer da preparação”, pormenoriza o atleta.

Não obstante, há algumas áreas que ainda carecem de suporte, para que a iniciativa solidária em prol do IPO consiga chegar a bom porto. Como sejam “as áreas de suplementação desportiva e equipamentos desportivos, essenciais para o cumprimento da planificação do projeto e da corrida”, enfatiza, reconhecendo igualmente algumas dificuldades em fazer passar a mensagem empresarialmente.

Outra das necessidades prende-se com o descanso e o alojamento entre etapas, bem como um transporte de apoio (carrinha) a toda a equipa, durante a corrida.

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