Mais de 10.000 vítimas apoiadas pela APAV no primeiro semestre do ano
Escrito por Administrador em Agosto 14, 2024
De acordo com o relatório semestral janeiro-junho 2024 da APAV, hoje divulgado, neste período de tempo a associação apoiou diretamente 10.007 vítimas, fez 52.092 atendimentos, num total de 18.669 crimes e outras formas de violência.
As estatísticas indicam ainda que, durante o primeiro semestre do ano, a APAV abriu 7.037 novos processos de apoio, acompanhando ainda outros 4.104 processos, e que foram apoiadas uma média de 385 vítimas.
Quanto aos contactos feitos pelas vítimas com a APAV, o telefónico foi o mais usado (52,5% dos casos), seguido do atendimento por email (21,3%). O atendimento presencial representou um total de 18,5% dos casos. Dos 148 contactos relativos ao apoio `online`, metade foram feitos através da rede social Facebook/Messenger (50,7%).
Entre todos os crimes e outras situações de violência que chegaram ao conhecimento dos vários serviços de proximidade de apoio à vítima da APAV, o crime de violência doméstica é o mais prevalecente, representando 77,1% no total, seguindo-se dos crimes sexuais contra crianças e jovens (5,8%) e ofensas à integridade física (2,8%).
“As relações entre autor/a e vítima foram comummente pautadas por relações de intimidade, como é o caso da conjugalidade (14,7%), da relação entre ex-companheiros/as (9,4%), companheiros/as (8,7%), entre outros”, refere a associação.
A maioria das vítimas apoiadas era do sexo feminino (7.720; 77,1%), segundo as estatísticas da associação, que destaca, contudo, a “significativa percentagem” (21,3%) de homens apoiados após serem vítimas de crime e de outras formas de violência.
Dos contactos efetuados para a APAV por parte dos utentes, quase metade (48,8%) foram-no pela própria vítima e 44,1 por outros denunciantes (amigos/conhecidos, familiares e instituições).
Dos 4.923 contactos realizados por denunciantes, mais de metade (2.520) foram contactos de natureza institucional. Destes, quase metade foram feitos pelo tribunal ou Ministério Público (44,6%) e quase um em cada quatro (23,6%) pelos Órgãos de Polícia Criminal.