A Direção-Geral da Saúde (DGS) descartou, esta quarta-feira, que esteja para breve o fim do uso de máscaras em locais fechados, como escolas, hospitais e lares de idosos. E pediu cuidados aos cidadãos durante a Páscoa, garantindo que a pandemia ainda não atingiu níveis seguros.
“A pandemia não acabou a nível global. Mantém-se em Portugal. Toda a proteção que conseguirmos construir será uma boa proteção para o futuro”, vincou a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, numa conferência de imprensa, esta quarta-feira, em que apelou “à mobilização dos cidadãos” em torno da manutenção de medidas de proteção durante a Páscoa.
Graça Freitas explicou que a pandemia não atingiu a “barreira de segurança”, que são 20 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes.
Segundo os dados divulgados, esta quarta-feira, pela Direção-Geral da Saúde (DGS), mantém-se “uma transmissibilidade muito elevada”, embora “com uma tendência geral decrescente”.
“O número de casos ronda os 60 mil, nos últimos sete dias, o que é superior aos picos da pandemia, exceto ao do último inverno. Portanto, ainda estamos num nível muito elevado”, especificou Graça Freitas, revelando que 92% dos casos referem-se à subvariante BA.2 da ómicron.
Segundo a diretora-geral da Saúde, registam-se 28,5 óbitos a 14 dias por um milhão de habitantes, números ainda “preocupantes”.