Diana Sá: candidata do Livre
Setembro 16, 2025
Diana Sá é atriz e formadora, tem 47 anos, e resolveu apresentar-se como candidata à Câmara de Matosinhos pelo Livre com o propósito de mudar as estratégias que estão a ser utilizadas na governação do município.
“Acreditamos que tem que haver um maior investimento naquilo que é público e transformar e preparar o concelho de Matosinhos – e toda a gente que cá vive – na construção de uma cidade de futuro. Claro que temos problemas para resolver já, mas é preciso que ao resolver esses problemas tenhamos uma perspetiva de futuro” de longo prazo para evitarmos que algumas problemáticas se tornem “cíclicas”, afirma Diana Sá naquela que é a primeira candidatura deste partido no concelho de Matosinhos.
O Livre apresenta ainda candidaturas à Assembleia Municipal, bem como às Juntas de Senhora da Hora e Leça do Balio. É um início do “crescimento sustentável” do Livre no concelho, pois é a primeira candidatura e não se pretende um crescimento atrapalhado, segundo a candidata à Câmara, pelo que se resolveu não partir apressadamente para candidaturas a todas as Juntas de Freguesia.
A Habitação, sendo um problema europeu e nacional é uma grande preocupação. Diana Sá sublinha que a “Habitação é um direito” pelo que o “Estado deve ser o responsável por garantir a habitação ao povo português, e neste caso que nos interessa, em Matosinhos”. O problema deve ser atacado não com soluções tipo “penso rápido”, já que se não for o “Estado a garantir e a fixar preços que as pessoas possam pagar, isto vai voltar a acontecer”, defende Diana Sá, que adianta que a proposta do Livre é “investir na habitação pública e na cooperativa de propriedade coletiva”.
A candidata considera que o “município pode intervir cedendo terrenos para que cooperativas avancem com a construção de fogos” e, sendo de propriedade coletiva, haja um impedimento a que daqui a 10 ou 15 anos as habitações passem para o mercado imobiliário e para a especulação, explica Diana Sá, que também defende que alguns edifícios públicos sejam reaproveitados para habitação.
Na problemática dos transportes públicos é fundamental, primeiro que tudo, frisa Diana Sá, “garantir que o contrato com a UNIR sirva as necessidades de todas as freguesias, de todos os bairros” e de todos os matosinhenses, sendo certo que há zonas onde os transportes públicos são “muito escassos, tanto em número como em horário”. A alternativa, para quem pode, é utilizar o automóvel, mas isso “leva a outro problema da mobilidade, que são os engarrafamentos nas estradas, principalmente no centro de Matosinhos, onde estão a maior parte dos serviços”.
No que respeita a uma área que a afeta diretamente, a Cultura, Diana Sá considera que é preciso fazer muito mais do que o que existe atualmente. Matosinhos tem projetos válidos, como o Teatro Constantino Nery, a Orquestra Jazz, a Casa da Arquitetura, mas um passo importante para esta candidata à autarquia seria avançar para o “desenho de uma política cultural”.
O que existe atualmente são projetos pontuais e centralizadas no centro de Matosinhos, por isso entende que devem existir Casas de Criação nas diferentes freguesias com “criação e fruição artística” e promoção de “projetos colaborativos”.
“A Cultura e a Arte, a par da Educação, podem ser um dos elementos mais transformadores do pensamento crítico e da garantia de uma Democracia efetiva e estável”, afirmou Diana Sá.
Pode ouvir entrevista aqui: