Mais de 22 mil pessoas assinaram a petição pedindo cuidados intensivos pediátricos no IPO Porto

Mais de 22 mil pessoas já assinaram uma petição que pede a criação de cuidados intensivos pediátricos no Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto e que será este mês submetida à Assembleia da República.
“A vida das crianças com cancro não pode esperar” é o apelo deixado pelo promotor, o pai de uma criança com cancro, o Santiago, de 11 anos.

Santiago está a recuperar de uma Leucemia de Burkitt. Já precisou de ser transferido duas vezes porque não havia cuidados intensivos no IPO. “Tive sorte: houve ambulância e havia vaga. Mas podia não ter havido. As outras crianças podem não ter a mesma sorte. E não devia ser assim”, refere em relato publciado nas redes sociais.

O IPO do Porto é uma referência no tratamento do cancro, também para crianças. No entanto, não tem uma Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos. Quando uma criança tem uma complicação grave, tem de ser transferida para o Hospital São João — e se não houver vaga, pode ter de ir para Coimbra ou Lisboa.

“Com esta petição, queremos que o Parlamento Português discuta a criação de uma Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos no IPO do Porto — para que cada criança tenha acesso imediato aos cuidados que pode precisar sem sair do hospital onde está a ser tratada. Sabemos que vai custar dinheiro. Mas quanto vale a vida de uma criança?” – refere Nuno Silva, o pai de Santiago.
O objetivo de reunir 7500 assinaturas para levar a petição ao parlamento foi largamente ultrapassado.

(Hospital S João_Foto PM)