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Limpeza da Azenha Quinhentista de Azurara

Escrito por em Janeiro 1, 2021

O Gabinete de Arqueologia da Câmara de Vila do Conde, com a colaboração do Gabinete Técnico Florestal e da Junta de Freguesia de Azurara, promoveu uma limpeza na Azenha Quinhentista de Azurara.

Entre os trabalhos executados estão o corte de vegetação e a remoção de lixo que aí foi sendo depositado.

Esta azenha fazia parte de um conjunto mais alargado, que incluía um edifício situado na margem norte do Rio Ave, em Vila do Conde e que, entretanto, foi desmantelado.

O documento mais antigo conhecido e relativo as azenhas no curso final do rio Ave data de 1270. O direito de as construir foi atribuído, por D. Afonso III, a André Martins e à sua mulher. Em data incerta, as azenhas voltaram ao controlo do monarca que as doou, em 1385, ao Mosteiro de Santa Clara. Estas foram novamente transacionadas porque, no início do século XVI, estavam novamente em mãos particulares.
A azenha situada na margem sul do rio Ave, em Azurara, terá obtido a sua fisionomia arquitetónica quinhentista entre 1532 e 1543, por meio da intervenção de D. Pedro de Meneses, 3º Marquês de Vila Real. Sob a porta de entrada principal mandou gravar, no campo principal do escudo, a sua divisa, «ALLEO”.

A sua estrutura original tinha quatro rodas, que faziam funcionar outros tantos engenhos de moagem, mas existem imagens onde se pode ver um acrescento em madeira, adossado à fachada poente, onde funcionou uma roda adicional.
Com a crescente disseminação da eletricidade, durante o século XX, este tipo de estruturas de moagem foi perdendo a sua função em detrimento das moagens industriais, votando-a ao abandono.


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