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Matosinhos encerra centros comerciais às 21h e recomenda implementação de ensino à distância

Escrito por em Outubro 28, 2020

A Câmara Municipal de Matosinhos decretou, esta terça-feira, o encerramento dos centros comerciais às 21h e pediu ao Governo que “adote medidas” para os concelhos da Área Metropolitana do Porto “mais afetados” pelo aumento de novos casos de Covid-19.

Em comunicado, a presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro, destaca que as medidas mitigadoras da pandemia da Covid-19 “só fazem sentido ao nível supramunicipal” e que as autarquias “não têm competências em áreas fundamentais” para fazer face ao aumento de novos casos de infeção por SARS-CoV-2, dando como exemplo o ensino e a limitação de deslocações.

Citada no comunicado, Luísa Salgueiro afirma que “as decisões terão que ser tomadas na esfera do poder central e ao nível regiões”.

“Não adianta um concelho, de forma isolada, adotar determinados procedimentos se os concelhos vizinhos não fizerem o mesmo”, avançou a presidente durante a reunião da Comissão Municipal da Proteção Civil (CMPC), que contou com a participação da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N).

No âmbito da reunião, foi decidido antecipar o encerramento dos centros comerciais para as 21h, a par de outras medidas que vão ser apresentadas hoje numa conferência de imprensa, na Câmara Municipal de Matosinhos.

De acordo com a autarquia, os membros que compõe a CMPC aprovaram ainda recomendar ao Governo que seja determinada a proibição de circulação entre concelhos limítrofes, à semelhança do que foi adotado nos concelhos de Lousada, Paços de Ferreira e Felgueiras.

Paralelamente, recomendam a implementação de ensino à distância para o 3.º ciclo, ensino secundário, profissional e universitário, bem como o dever de permanência no domicilio, exceto em circulações autorizadas.

A CMPC vai ainda propor a partilha da localização de georreferencia das pessoas infetadas e em quarentena, bem como os locais onde foram detetados surtos.

A CMPC solicita ainda a criação de um dispositivo de reforço da capacidade operacional dos corpos de bombeiros para resposta à Covid-19, semelhante ao dispositivo de combate aos incêndios florestais”, acrescenta a autarquia.


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