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Médicos de família admitem que doentes recuperados podem passar a grupo de risco

Escrito por em Maio 18, 2021

O presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) admite que os doentes recuperados de infeção do novo coronavírus com sequelas podem passar a ser um grupo de risco e devem ter um acompanhamento próximo.

“Estes doentes que tiveram uma infeção covid-19 e que mantêm sintomas vão, provavelmente, ter de ser considerado mais um grupo vulnerável ou de risco que temos de vigiar”, afirma Nuno Jacinto, sublinhando as muitas dúvidas que ainda pairam sobre esta faceta da pandemia de covid-19: “Não sabemos ainda o tempo ou a frequência [das queixas], mas são doentes aos quais temos de continuar a dar atenção”.

Em entrevista à Lusa, o líder dos médicos de família portugueses reconhece que a área das sequelas da infeção pelo vírus SARS-CoV-2 “é uma zona muito cinzenta”, sobre a qual Portugal “não tem ainda orientações totalmente definidas”, no que toca à forma e à periodicidade com que os doentes devem ser seguidos. Entre os principais sintomas registados evidenciam-se cansaço, falta de ar, tosse, alterações cognitivas e, em menor grau, dores musculares e articulares.

“A vacinação é prioritária, mas não podemos resolver esta questão criando um outro problema – deixar estes doentes sem acompanhamento”, observa Nuno Jacinto. E justifica a importância de se produzir conhecimento nesta área para se ter “uma noção em Portugal de qual é a prevalência, quais os sintomas que duram mais tempo, os tratamentos que têm sido mais e menos eficazes e quais as alterações que têm aparecido mais vezes nos exames”.


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