A Proteção Civil da Maia realizou ontem à tarde uma reunião de urgência entre os diversos meios aplicáveis à prevenção e socorro em casos de risco acrescido de incêndio e de alerta para os riscos de calor extremo.
O comando da Proteção Civil, coordenado por Pedro Teixeira, manteve uma reunião com o vereador da Proteção Civil, com as corporações de Bombeiros do concelho, com as forças de segurança (GNR, PSP e Polícia Municipal da Maia), bem como com o ACES Maia/Valongo e representantes de Juntas de Freguesia, bem como serviços da autarquia que mantêm contacto próximo com a população mais vulnerável, como os idosos.
Pedro Teixeira referiu ao Notícias Primeira Mão e Rádio NoAr que estão criadas algumas estratégias de prevenção relativamente à população da Maia e ao seu território, numa articulação entre as diversas entidades.
Uma das medidas em que se coloca o foco é na proteção dos mais vulneráveis, como por exemplo os idosos. De acordo com Pedro Teixeira, aproveitando o conhecimento e contacto que a autarquia maiata e as Juntas de Freguesia possuem dos residentes mais velhos e que estão, porventura, mais isolados e a precisarem de algum auxílio, ficou definido efetuar uma série de contactos telefónicos e presenciais para sensibilização e aconselhamento destas pessoas. Se houver necessidade, haverá o devido encaminhamento de que os idosos necessitem.
Também na prevenção de incêndios, a equipa de Proteção Civil em rede com as demais entidades está a realizar um trabalho de campo de vigilância e dissuasão de comportamentos de risco tendentes a provocar as chamas em áreas florestais. Há uma série de locais de risco identificados no concelho, que estão a ser alvo de vigilância apertada pelos Bombeiros, Proteção Civil e forças de segurança.
No que respeita à proibição de circulação e permanência em zonas florestais e parques, Pedro Teixeira confirma que também no município da Maia a medida foi aplicada, dado que resulta da aplicação da lei a nível nacional. “Desde logo com o estado de calamidade essa proibição é aplicada, sendo uma forma de evitar que haja algum comportamento criminoso ou negligente que resulte em fogo”.
Pedro Teixeira sublinha que a contenção no ateamento de fogos não resulta apenas pela força, mas da “consciencialização de cada um de nós”.
O coordenador da Proteção Civil da Maia lembra que nesta fase do estado de contingência e com temperaturas extremas o uso de fogo de artifício ou de manuseamento de máquinas com combustão em espaços arborizados é considerado crime e punido por lei.
Relativamente a aconselhamento quanto ao calor extremo, Pedro Teixeira refere que o melhor que as pessoas devem fazer é manterem-se hidratadas, bebendo especialmente água, permanecerem em espaços frescos, podendo aproveitar até para irem a um shopping se em casa não tiverem a possibilidade de terem o espaço refrigerado e à temperatura ideal. Quem precisar de sair à rua, deve usar protetor solar.
No caso de precisar de apoio, deve evitar recorrer à Urgência dos hospitais e deverá ligar o número do SNS24 – 808 24 24 24. Aqui será aconselhado ou até encaminhado com prioridade para uma unidade de Saúde.
