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Central Energética da Maia junta-se a consórcio para transformar resíduos em combustível para aviação

Escrito por em Fevereiro 18, 2022

A empresa de gestão de resíduos do Grande Porto – Lipor faz parte de um consórcio internacional que quer trazer “uma das primeiras unidades de produção de ‘eFuels’ da Europa” para a Central de Valorização Energética da Maia.

Segundo a nota enviada hoje pela Lipor, o grupo “vai avançar com os estudos de viabilidade para a implementação e desenvolvimento de uma unidade ‘Power-to-Liquid’ (PtL) à escala industrial na Central de Valorização Energética da Maia”.

Do consórcio fazem também parte a P2X Europe, empresa especializada na compra e comercialização de ‘eFuels’ (combustível sintético neutro em carbono) e a Veolia Portugal, que estuda um uso eficiente de recursos e atua nas áreas da gestão de água, energia e resíduos.

Este projeto “vai permitir produzir um combustível verde sintético para a indústria da aviação a partir de uma combinação de CO2 (dióxido de carbono), capturado do processo da central, e hidrogénio com origem em energias renováveis”.

“Numa primeira fase, cerca de 100 mil toneladas de CO2 biogénico capturado será reciclado para conversão em ‘eFuel’, este último transformado em vários produtos de base renovável, como eKerosene, eDiesel e produtos químicos específicos”, detalha o comunicado.

A Central será dotada de uma tecnologia de Captura e Utilização de Carbono (CCU), “que consiste em capturar, extrair e purificar a componente biogénica do CO2, presente em cerca de 60% do dióxido de carbono gerado no processo de tratamento de resíduos por valorização energética”.

Essa tecnologia “permitirá emissões de CO2 próximas de zero – ou mesmo negativas –, contribuindo para melhorar significativamente o balanço energético e ambiental do processo de valorização energética dos resíduos”.

Para a Lipor, este é “um projeto disruptivo e pioneiro no setor da valorização energética de resíduos, que permitirá acelerar a sua descarbonização e transição para uma economia circular, em linha com as políticas climáticas e energéticas de Portugal e a ambição do país em alcançar a neutralidade carbónica até 2050”.
A empresa é responsável pela gestão, valorização e tratamento dos resíduos de Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Valongo e Vila do Conde.


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