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Longa Vida e Ramirez suspeitas de serem fonte da legionela

Escrito por em Novembro 19, 2020

Duas torres de refrigeração da Longa Vida, em Perafita, e da Ramirez, em Lavra, ambas no concelho de Matosinhos, foram desligadas por suspeita de serem o foco de contaminação do surto de legionela que já fez dezenas de infetados e matou nove pessoas naquele concelho, em Vila do Conde e na Póvoa de Varzim. Os resultados das análises comparativas devem ser conhecidos esta quinta ou sexta feira.
Ontem mais três infetados deram entrada no Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos. No total, são já 75. Até agora, o surto causou a morte de nove pessoas.

Segundo a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte, as duas torres de refrigeração foram encerradas na passada quinta feira (dia 12). Nos dois casos, as primeiras análises à legionela foram positivas. Resta aguardar, agora, pelas análises comparativas com as secreções dos doentes. Só assim será possível comparar estirpes da bactéria e determinar com exatidão o foco de infeção. Os testes estão a ser feitos no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.

Em comunicado, a Longa Vida admitiu ontem que é um dos casos. “Cumprindo as indicações da Autoridade de Saúde e na sua presença, a título preventivo, a Longa Vida desligou de imediato as suas torres de refrigeração”, afirma. A empresa do grupo Nestlé garante que faz “todos os controlos exigidos por lei às suas torres” e que está a colaborar com a Autoridade de Saúde para que “a situação possa ser rapidamente esclarecida”.
A Ramirez também confirmou, ao Jornal de Notícias, que teve de desligar uma torre de refrigeração por indicação da Autoridade de Saúde.

A ARS explicou que a dispersão geográfica dos casos é “compatível com uma fonte ambiental” – descartando a hipótese de o surto estar relacionado com a água para consumo -, potenciada “pelas alterações climáticas da depressão Bárbara”, que assolou Portugal a 19 e 20 de outubro.
A Câmara de Matosinhos diz estar a “acompanhar de perto e com preocupação o desenvolvimento do surto”. “Independentemente do concelho onde se situem estas instalações, o importante é que o foco tenha sido identificado e que esta situação possa, em breve, ser ultrapassada. A Autarquia tem disponíveis todos os meios necessários para atuar, caso estes sejam solicitados pelas entidades de saúde responsáveis pela gestão do caso”, garante, em comunicado.


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