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Quanto tempo tem o tempo das crianças? Começou Escola XXI em 61 minutos

Escrito por em Fevereiro 1, 2021

Organizar o tempo e as rotinas diárias das crianças é fundamental para o seu desenvolvimento, um papel que cabe aos pais e educadores. Foi uma das ideias essenciais por onde começou a conversa online com o psicólogo e investigador Vítor Teixeira sobre Tempo das Crianças – “Quanto tempo o tempo tem? O uso do tempo das crianças.”

A primeira conversa da série “Escola XXI em 61 minutos”. A Câmara da Maia, em colaboração com o SincLab – Social Inclusion Laboratory da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, lançou o debate virtual “A Escola XXI em 61 minutos”.

No dia 28, o orador convidado foi Vítor Teixeira, Professor na Universidade de São José em Macau, Psicólogo, investigador e membro da “IATUR – International Association for Time Use Research”.

“Professores e pais são organizadores de rotinas, cabe-nos a nós, como adultos, organizar o tempo das crianças”.

Como?

Nessa organização do tempo, explicou o orador, “deverão estar subjacentes duas dimensões essenciais, a da estrutura e a da diversidade”.

E Vítor Teixeira prosseguiu: “O nosso papel enquanto pais e educadores será sempre encontrar o equilíbrio entre estas duas dimensões. Isto é particularmente importante nesta altura de pandemia em que vivemos”.

Quando se fala em estrutura, diz Vítor Teixeira, que se refere àquelas “situações da nossa vida que se repetem todos os dias, que são marcadores do nosso quotidiano, como a hora de levantar, a hora de tomar o pequeno-almoço, a hora de almoçar, de jantar, de tomar banho, e o que acontece antes e depois de cada uma destas rotinas”.

O convidado da conversa online adianta que “estudos mostram com consistência que ter uma vida estruturada e organizada é essencial para o desenvolvimento das crianças. Gosto de sublinhar este aspeto porque parece que, ultimamente, está na moda ser uma pessoa criativa e avessa às rotinas”.

Recordou que já o sociólogo Anthony Giddens falava de “segurança existencial”, isto é, “temos essa segurança com o que temos de previsível na nossa vida”.

Um exemplo de marcadores de rotina diária essencial é as refeições, que comportam ainda “um ato social”.

Para além disso, defendeu Vítor Teixeira, o “momento de refeição em família pode, em si mesmo, ser um momento de diversidade. Isto é, não comemos o mesmo todos os dias, pelo que podemos incluir a criança na escolha dos ingredientes e na participação da confeção da refeição, em especial neste momento de confinamento em que estamos mais em casa. Tudo isto vem criar momentos de diversidade que vamos incluindo na vida das crianças”. De resto, o orador lamenta que este tipo de momentos tenham vindo a desaparecer nas famílias.

Este ciclo de debates online contempla um ciclo de 6 ‘webinars’ ao longo dos próximos 5 meses, de janeiro a junho de 2021. O seu principal objetivo é acrescentar valor ao debate público, e especificamente entre os parceiros da comunidade educativa do concelho da Maia, sobre os mais diversos temas de âmbito escolar. 

A primeira conversa teve como orador convidado Vítor Teixeira, Professor na Universidade de São José em Macau, Psicólogo, investigador e membro da “IATUR – International Association for Time Use Research”.

A moderação esteve a cargo de Miguel Borges, Professor do Ensino Básico e investigador do Centro de Investigação em Estudos da Criança da Universidade do Minho.

Pode recordar a conversa online aqui:

(Notícia em Maia Primeira Mão)


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