Presidente da Câmara escreve carta aos maiatos
Escrito por admin em Dezembro 9, 2020
Depois de ter reagido em conferência de imprensa online no dia 30 de outubro, quando afirmou que “terminou o pesadelo”, o presidente da Câmara da Maia resolveu agora explicar, por carta, a todos os maiatos que não existe qualquer decisão judicial a ensombrar o seu mandato na presidência do executivo municipal.
A cerca de um ano das eleições autárquicas de 2021, que lhe possibilitará recandidatar-se a um segundo mandato na presidência da Câmara da Maia (tal como já admitiu em entrevista ao Primeira Mão), Silva Tiago, quer deixar tudo muito claro perante os munícipes e escreveu uma carta, como presidente do município, que está a ser distribuída pelas caixas do correio.
Na missiva Silva Tiago começa por recordar que o «Supremo Tribunal Administrativo, no dia 29 de outubro último, o seu acórdão através do qual colocou um ponto final na ação administrativa interposta por um partido político da coligação na oposição da Câmara Municipal da Maia», referindo-se aqui, embora sem nomear, ao partido JPP – Juntos Pelo Povo.
«(…) o Supremo Tribunal Administrativo declarou, sem margem para quaisquer dúvidas, não existirem quaisquer razões, de facto ou de Direito, para decretar a perda do meu mandato autárquico de presidente da Câmara Municipal da Maia» – pode ainda ler-se na carta.
No documento é reafirmada a crítica de judicialização da política, dado que, «perdidas as eleições, o poder passou a ser reivindicado nas secretarias dos Tribunais», sendo que o «pretexto foi a Tecmaia».
Nesta carta de Silva Tiago aos maiatos é recordado todo o processo de criação da Tecmaia, com críticas ao governo da altura, que não cumpriu as promessas feitas levando a que este projeto fosse deixado «à sua sorte».
Apesar de tudo, o autarca maiato afirma que a «Maia nãos e vergou» e que o projeto continua a «cumprir a missão para a qual foi pensado: emprego qualificado e inovação (…)»
Assim, prossegue a carta, «o presidente da Câmara Municipal da Maia entende ser seu dever institucional e do mais alto interesse público, comunicar a toda a comunidade que o Município da Maia serve, assim como a todos os interessados que interagem com a autarquia (…), que não existe qualquer decisão judicial que condicione ou limite o pleno exercício dos poderes e dos deveres em que está legitimamente investido».